AVALIAÇÃO

E A CARRUAGEM PRECISAVA SEGUIR...

SERRINHA
Um belo vaqueiro tocava a boiada à frente da carruagem. Havia muita disposição e um clima de festa antecipada. Parecia mesmo dia de vaquejada. Todos saíram de diversificados lugares para conhecer aquele cenário cheio de hospitalidade. Partimos de Salvador, e fomos encontrando meninas de Nova Soure, Riachão do Jacuipe, Teofilândia, Quinjingue, Lamarão, Adustina... Depois do Curso de Especialização em Educação Infantil, a vaquejada de Serrinha não será a mesma. O Curso está muito popular. A animação dos anfitriões Juscely e César é contagiante. Casa de festa bem organizada, acolhedores e preocupados com todas as providências para que não falte nada nesta festa. Este importante evento conta com patrocinadores que chegaram com muito compromisso e responsabilidade: A DIREC e o diretor do Campus XI da UNEB, Prof. Ivan. Juscely e César já agradecem os primeiros presentes anunciados, como a sala projetada especialmente para o funcionamento do Curso. A viagem é longa, mas a chegada recompensa. O vaqueiro e a boiada têm sede e precisam parar muito até lá chegar. As meninas que vêm de longe estão se esforçando muito para não perder esta festa. Tomara que sempre encontrem um belo vaqueiro bem disposto para levá-las. No salão de festa, encontramos a Profa. Carla Verônica jogando Políticas de Educação Infantil com outros convidados. As regras do jogo foram escritas por Artur da Távola direcionadas “A Quem Educa”. Inspirada nesta figura lúdica e telúrica, a professora provoca: “Eu educo hoje com valores que recebi ontem para pessoas que são o amanhã. Os valores de ontem, os conheço. Os de hoje, percebo alguns. Dos de amanhã, não sei”. Hora de tocar a boiada!

FEIRA DE SANTANA

Corriam muito. Pareciam voar os cavalinhos guiados por um príncipe, que não parava de anunciar: “Preciso encontrar a minha princesa do sertão, preciso ver a minha princesa do sertão, preciso encontrar a minha princesa do sertão...”  Lá chegamos, em Feira de Santana. O príncipe sumiu. Mas nos deixou em frente a uma grande escola lotada de meninas. Acontecia uma festa. Um lindo cartaz anunciava: “Encontro de coordenação, tutor e cursistas – algumas idéias, vivências, cores e sabores”. O professor Júlio César era o animador contratado e colocou todo mundo pra alongar, fazer ginástica, pular, dançar, cantar... A animação era tanta que risadas e gritos acompanhavam os comandos do professor. Ora ritmados, ora apenas buscando atender a alegria que irradiava. Era o cenário da Expressão Corporal e Psicomotricidade. Era o lugar da Recreação. Á esta altura da festa, as meninas-cursistas já se transformaram em crianças sapecas que precisavam daquele dinamismo. De repente, as professoras Miriam e Diana batem suaves palmas e anunciam: “acabou o recreio”. Depois de toda aquela agitação, acreditem, as meninas estavam ainda mais dispostas e motivadas, igual a criança que só cansa quando o soninho chega. Os olhos continuaram abertos para a programação da festa: Dinâmica dos sentidos com a História de Sherazade, Produção Escrita da Carta Mágica do Curso de Especialização em Educação Infantil, Decreto do Amor e a Fábula do Avarento.

SENHOR DO BONFIM
Como de avarento não temos nada, seguimos viagem para descobrir e divulgar mais riquezas de cenários. Desta vez, levamos conosco uma menina de nome Mary. Esperta, animada e atenta, parecia conduzir a carruagem pra não perder o controle da situação. A viagem foi longa, com direito a sono, a sonhos e a chuva na madrugada. Na chegada, a menina Thaís e o menino Alexandre revelaram a afetividade que transbordava em Senhor do Bonfim. Fomos para uma sala cheia de livros, cadeiras, além de meninas e meninos vestidos de rosa, curiosos com a História da Infância. No meio da sala, uma moça com uma voz suave, a cara da afetividade, motivava reflexões sobre “O sentimento de afetividade e o sentimento de infância hoje e nos tempos de nossa infância”. O espaço do adulto de hoje cedeu lugar para a criança que mora dentro de cada um presente naquela sala. Foram significativos os momentos de rememorar, de relatar o tempo e o espaço da criança. “Menino, cachorro e tamanco continuam debaixo do banco?”, questionava um. “Meu pai dizia, criei meus filhos na chinela e no cinto e hoje são todos homens e não penico”, lembrava outro. Que sentimento de afetividade e infância era esse? Excluir, agredir, machucar, esconder, preservar, proteger, resguardar, amar... Incrível como a moça de voz suave conseguia tocar aquele ritmo afetivo com maestria. Profa. Maria Ivone, depois de permitir o sussurrar de vozes da afetividade e a escuta dos sentimentos de infância, traz à cena A voz do Coração. Entre a educação e as punições, a leitura do filme exibido destaca o amor incondicional. E a afetividade, naquele momento, parecia possuir um imã que atraia a todos que podiam participar contribuir, promover... ...um Curso de sucesso. E mais gente boa foi chegando – O Prefeito, a Secretária de Educação, a Coordenadora do Município, a Vice-diretora da escola sede do Curso... gente que chegou pra vestir a camisa rosa com mangas arregaçadas mesmo.

ITABERABA
A carruagem continuou com todo animação e pelo caminho foi dando carona a muita gente bem humorada e motivada. O destino era Itaberaba, mas umas plaquinhas indicavam as paradas necessárias – Ipirá, Amargosa, Baixa Grande, Boa Vista de Tupim, Marcionílio de Souza, Bonito, Seabra, São Gabriel... Paramos em uma escola e fomos recebidas por duas meninas animadas – Ana Paula e Marilda.   Entramos em silêncio, pois acontecia uma conversa séria sobre Relevância Social e Marcos Legais da Educação Infantil.  A professora Telma Costa alertava para a necessidade de conscientização política e reconhecimento de direitos e deveres no âmbito da educação. Algum tempo depois, um menino e muitas meninas se concentraram assistindo um vídeo com uma canção de Arnaldo Antunes que anunciava: Saiba, todo Mundo foi neném. Einstein, Freud e Platão também. Hitler, Bush e Sadam Hussein. Quem tem grana e quem não tem. Saiba, todo mundo teve infância. Maomé já foi criança. Arquimedes, Buda, Galileu. E também você e eu. Bom mesmo foi apreciar o efeito que estas palavras produziram naquela turma concentrada. Saímos de lá com muitas idéias e, já na carruagem, aproveitamos para dormir um pouco.

CAMAÇARI
Fomos despertadas por uma canção que se espalhava pelos caminhos da educação infantil. Bom dia começa com alegria, Bom dia começa com amor, O sol a brilhar, Aqui neste lugar, Bom dia! Bom dia! Bom dia! Quando a carruagem parou, o ritmo era harmonioso e a música estava em bom tom. Abrimos um portão grande e entramos naquela escola colorida e enfeitada. Logo avistamos meninas, meninos e professoras em uma grande roda, no pátio. Fomos convidadas a participar daquela alegria e a canção foi entoada mais uma vez para nos acolher. O dia começou com gostosuras, café da manhã para celebrar todos os presentes, principalmente aqueles que lá madrugaram e de longe vieram. O lugar era o cenário de travessuras. A professora que reunia meninos e meninas para conversar sobre a História da Infância era a mais travessa no pátio. Vera Lúcia Bacelar contagiava com seus comandos acompanhados com canções, alegria e muito gingado. Bato 1 (clap), Bato 2 (clap, clap), Bato 3 (clap, clap, clap). Brincava a professora travessa. E agora é sua vez. Atendia a turma muito animada. A professora propôs o jogo das descobertas. A idéia era utilizar a motivação e a criatividade para descobrir “Os primeiros passos na História da Educação Infantil no Brasil”, e, depois, avançar de fase para revelar os “Novos Tópicos na História da Educação Infantil”. Quem ganhou o jogo? A equipe de avaliação que esteve presente e viu a construção e apresentação de dois programas de TV direcionados a profissionais que atuam na educação infantil. No canal Memórias de Infância, o Programa “Boca a Boca” trouxe especialistas para responder sobre a inserção do jardim de infância no sistema de ensino.  As perguntas chegavam a toda hora da platéia, dos telespectadores, dos internautas e por telefone. Já o Programa “Salto para o Futuro”, exibido no canal Anjos Vivos, trouxe três profissionais: uma Secretária de Educação, uma pesquisadora e professora do Ensino Superior, e uma Consultora de Educação Infantil, para dialogarem sobre o Projeto Casulo e os cuidados da criança em educação de massa. Os canais de comunicação webchat e telefone foram abertos para trazer esclarecimentos sobre a especialização de profissionais com atuação na educação infantil. Para quem não assistiu, poderá ver em canal aberto, na TV Salvador, no mês de julho.
Ao final destas primeiras viagens, mais surpresas surgiram. Esta não! O condutor da carruagem exigiu uma senha para que ele pudesse continuar até o nosso destino de volta. Não acreditávamos naquilo. Ou a senha ou ficaríamos no meio do caminho. E muito corajoso e firme nos disse: “Vocês não acham que já é demais não? Vou parar no próximo cenário”. A tal senha não saia. Começamos a ficar agitadas. Cada uma tentava uma senha. O condutor perdeu a rota. Percebemos que ele estava perdido e nada de senha. Quando, sabiamente, uma estrelinha aparece e fala; “Não gosto quando não tenho controle das coisas”. Começamos a rir freneticamente, pois descobrimos que aquela era a tal senha para que cada uma pudesse voltar pra casa.
Equipe de Avaliação Interna: Risonete Lima e Regina Gramacho
01 de março 2011.


  As professoras Regina Gramacho e Risonete Lima têm a responsabilidade de, ao longo de nosso Curso de Especialização em Educação Infantil, estabelecer um processo contínuo e cuidadoso de avaliação de todas as atividades em todos os polos. Esse processo é importante para o curso em si mesmo e para o Ministério da Educação, na sua Secretaria de Educação Básica, que necessita conhecer com profundidade o que fazemos, como estamos funcionando, o que estamos produzindo, como estão cursistas, professores, oficineiros, quais os impactos do curso na Educação Infantil nos municípios alcançados etc.

Estejamos atenta(o)s ao que Regina e Risonte estão fazendo e dizendo, pois sempre dirá respeito a nós tod@s.